quinta-feira, 29 de março de 2007

Marcel Dionne



Em 18 anos na NHL, Dionne ganhou uma enorme reputação. Contudo, isso acontece com naturalidade quando se marcam 731 golos e 1771 pontos!

Em 1971-72 , os Detroit Red Wings seleccionaram o jovem Dionne (#2 overall), que tinha feito 370 pontos em apenas 3 épocas na Ontario Hockey Association.

Durante 4 anos, Dionne ficou em Detroit, tornando-se mesmo no homem com o “C” na camisola em 74-75. Contudo, as coisas em Detroit estavam demasiado caóticas e instáveis para os gostos de Dionne... Equipa técnica, jogadores e direcção estavam sempre em constantes mudanças, pelo que Marcel Dionnes optou por sair após ter deixado a sua marca (366 pontos em 4 anos) nos Red Wings.

O nº16 assinou pelos Los Angeles Kings como free-agent, uma equipa que na altura era bastante “fraquinha”. Foi em Hollywood que Dionne se tornou num dos melhores de sempre na NHL.

Contudo, na sua estadia em LA, Dionne teve de se habituar a muitas coisas... O nativo de Drummondville, Quebec, estava pasmado como o hóquei podia ser praticado numa cidade com palmeiras. E, para além disto, os Kings eram a única equipa no verdadeiro oeste dos States, o que implicava viagens-extra.

Dionne ultrapassou facilmente estes pequenos obstáculos, e com uma ajuda dos seus amigos. Esses amigos, Dave Taylor e Charlie Simmer, fizeram equipa com Dionne, formando a famosa e temida “Triple Crown Line”. Como membro desta linha, Dionne acendeu 550 vezes a lampada vermelha. Foi também com estes colegas de equipa que Dionne levaria para casa um Art Ross Trophy em 1979-80, ganhando a um jovem chamado Wayne Gretzky.

Não duvidem, a Triple Crown, foi uma das melhores de sempre.


Durante os seus 12 anos em LA, Dionne liderou a equipa em pontos durante 9 vezes, incluindo uma sequência de 8 anos seguidos de 1975 a 1983. Nesse período marcou 50 ou mais golos por 6 vezes e marcou 100 ou mais pontos por 7 vezes. Em 12 épocas a usar a camisola lilás e dourada (que eu pessoalmente adoro), Dionne tinha uma média de 46 golos e 63 assistências (109 pontos) por época.

Em 1987, Dionne foi trocado para New York, uma troca que lhe provocou algum desgosto. Ele esteve com os Kings nas alturas más... e deu contribuiu sempre com o seu hóquei puro. Agora que as coisas pareciam melhorar, tudo foi esquecido e foi despachado como se fosse algo sem valor. Dionne não se sentiu confortável em NY, apesar dos seus 31 golos em 67 jogos em 87/88.
A época de 1988/89 foi a ultima para Marcel Dionne, que acabaria a sua carreira com 1771 pontos, atrás de Gordie Howe por 79 pontos, actualmente o 3º mais pontuador de sempre. 731 golos e 1040 assistências. Meu Deus...

Esta impressionante quantidade de pontos não só deu direito a ver a sua camisola bem no alto do ringue dos Kings, como também lhe garantiu uma presença no Hall of Fame. Infelizmente, um dos melhores de sempre nunca ganhou uma Stanley Cup... mas afinal estas coisas acontecem!...

1 comentário:

Anónimo disse...

O Dionne foi esperto em sair de Detroit, uma vez que após década de 50 gloriosa para os Wings com 3 Stanley´s, o clube passou por uma grave crise estrutural, isto tudo porque quem lá passou pouco percebia de hockey, isto é homens com bastante capital no Michigan queriam sair do anonimato e entrar para a euforia mediática que se vivia do a volta do clube, que foi esmorecendo até a entrada do yzerman (4ever our C) que dentro do campo, e as pessoas certas fora, também uma palavra de apreço para o Ken Holland, conseguíram dar a volta e voltou-se a viver a euforia do hockey na cidade.